Alexandre, possivelmente por Apeles

Alexandre, possivelmente por Apeles
A natureza polêmica e controvertida da filosofia cética ao longo da história da filosofia é, ao menos em parte, resultado da ambiguidade e imprecisão com que esse termo é continuamente mobilizado. Já Sexto Empírico, médico e filósofo do início da era cristã, principal fonte do ceticismo pirrônico hoje restante, insiste no modo como as usuais “refutações” da filosofia cética baseiam-se numa compreensão precária do que eles disseram. Se a sua retomada no período do Renascimento, como diz Richard Popkin, contribuiu decisivamente para a gestação da assim chamada filosofia moderna, as controvérsias e mal-entendidos apenas se multiplicaram. Não apenas filósofos explicitamente simpáticos ao ceticismo – como Montaigne, Gassendi, Bayle e Hume – o reconstruíram de modos singulares e diversos, como diversos daqueles que pretenderam refutá-lo – como Berkeley ou Kant – são tributários dessa filosofia num grau que por vezes eles mesmos parecem não ter reconhecido integralmente, o que é seguramente muito mais verdadeiro a respeito das leituras usuais dessas filosofias. O objetivo do grupo “Questões Céticas” é o de formar e integrar pesquisadores interessados no exame dos contornos problemáticos e desconhecidos da “tradição cética” e de suas consequências. Isso abrange tanto o estudo das diversas versões de ceticismo historicamente dadas, em diversos de seus aspectos: epistemológicos, científicos, morais, políticos e literários, e mesmo a maneira como problematiza radicalmente a própria natureza da filosofia, como suas repercussões diversas ao longo da história da filosofia, inclusive e sobretudo na rejeição do ceticismo.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Remarcação!

Caros alunos,
Devido a um imprevisto, infelizmente não poderei me reunir com vocês nesta próxima quinta, dia 28/07. Assim, nosso próximo encontro fica remarcado para a quinta seguinte, dia 04/08, às 14h00. Abraços.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

SEMINÁRIO SOBRE OS COMENTADORES DE SEXTO

Nossos próximos encontros versarão sobre os principais comentários em torno da questão interpretativa que se tornou central a partir dos anos 1980, em torno ao escopo da noção de crença. Começaremos discutindo os artigos de M. Burnyeat (Pode o cético viver seu ceticismo?) e M. Frede (As crenças do cético) cujas traduções podem ser encontradas no site da revista Sképsis.
Os encontros estão marcados para os próximos dias 14/07 e 28/07, a partir das 14h00, e pressupõem a leitura desses artigos.