Alexandre, possivelmente por Apeles

Alexandre, possivelmente por Apeles
A natureza polêmica e controvertida da filosofia cética ao longo da história da filosofia é, ao menos em parte, resultado da ambiguidade e imprecisão com que esse termo é continuamente mobilizado. Já Sexto Empírico, médico e filósofo do início da era cristã, principal fonte do ceticismo pirrônico hoje restante, insiste no modo como as usuais “refutações” da filosofia cética baseiam-se numa compreensão precária do que eles disseram. Se a sua retomada no período do Renascimento, como diz Richard Popkin, contribuiu decisivamente para a gestação da assim chamada filosofia moderna, as controvérsias e mal-entendidos apenas se multiplicaram. Não apenas filósofos explicitamente simpáticos ao ceticismo – como Montaigne, Gassendi, Bayle e Hume – o reconstruíram de modos singulares e diversos, como diversos daqueles que pretenderam refutá-lo – como Berkeley ou Kant – são tributários dessa filosofia num grau que por vezes eles mesmos parecem não ter reconhecido integralmente, o que é seguramente muito mais verdadeiro a respeito das leituras usuais dessas filosofias. O objetivo do grupo “Questões Céticas” é o de formar e integrar pesquisadores interessados no exame dos contornos problemáticos e desconhecidos da “tradição cética” e de suas consequências. Isso abrange tanto o estudo das diversas versões de ceticismo historicamente dadas, em diversos de seus aspectos: epistemológicos, científicos, morais, políticos e literários, e mesmo a maneira como problematiza radicalmente a própria natureza da filosofia, como suas repercussões diversas ao longo da história da filosofia, inclusive e sobretudo na rejeição do ceticismo.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Estrutura argumentativa do Segundo Livro dos Academica (Lucullus)

1) Exórdio

 
1.1) Apresentação de Luculo (1-4)

1.2) Discussão sobre o decoro do estudo da filosofia. (5-7)

1.3) Defesa do ceticismo acadêmico contra o dogmatismo. (7-9)

 
2. Diálogo (Cícero, Catulo, Luculo e Hortênsio.)

2.1 Contextualização da doutrina que será exposta. (9-12)

2.2) Luculo: a nova academia subverte a história, pois os antigos eram dogmáticos

    2.2.1) A calúnia de Arcesilau (13-15)

    2.2.2) As atitudes de resposta à Nova Academia, o caso de Filo de Larissa. Estratégia que será adotada. (16-18)  

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